Abandono
Paredes de restos de madeira, plástico e papelão, chão de terra batida, teto de zinco furado por onde feixes de sol invadiam a pobreza. Ela, olho inchado e nariz ainda sangrando, abriu a porta para a policial. Os vizinhos haviam chamado. – Por que a senhora não denunciou ainda o seu marido? Seus vizinhos disseram que você apanha com frequência. A mulher nada respondeu, parecia fraca demais para entabular uma conversação sobre um assunto tão dolorido. – Nós mulheres não podemos mais admitir esse tipo de crime. Temos de ir à luta, denunciar, pedir justiça – continuou a policial. Nisso, começaram a aparecer crianças, antes escondidas no fundo do barraco. Eram cinco ao todo, idades entre 2 e 7 anos, esqueléticas, maltrapilhas, famintas. –...
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